2 de agosto de 2018

Os novos porta-contentores da CMA CGM vêm sem bolbo


Aconteceu na China na semana passada a cerimónia de corte de aço dos cascos das duas primeiras unidades da encomenda da CMA CGM para nove ULCVs de 22.500 TEUs, com um design de proa potencialmente revolucionário.
Em comparação com os ULCVs similares em construção para a MSC na Coreia do Sul, estes gigantes serão os maiores navios de contentores acima do convés, e os primeiros a albergar 24 contentores em largura sobre o convés.
Os novos meganavios da transportadora francesa também serão os primeiros a serem construídos com uma proa direita, “sem tosado”, já que a linha de contentores assume a sua utilização em regime de slow-steaming.
O formato de proa com bolbo proeminente tem sido uma característica dos porta-contentores durante décadas, mas o novo design pode tornar-se no novo standard em operações de transporte onde a busca por custos unitários mais baixos se sobrepõem a tempos de trânsito mais rápidos.
A proa com bolbo funciona criando uma onda artificial, que modifica o fluxo de água ao redor do casco, o que reduz o arrasto e aumenta a velocidade e a eficiência do motor no consumo de combustível. Estudos colocaram o ganho dessa eficiência em até 15% na velocidade máxima.
No entanto, as vantagens de um navio de proa com bolbo – de construção mais complexa e, portanto, mais cara – têm vindo a dissipar-se com o advento do slow-steaming na última década, fazendo com que o ganho percentual de eficiência de combustível caísse significativamente.
Isso levou ao projecto alternativo de outro tipo de proas, com o objectivo específico de serem mais eficientes em velocidades mais lentas.
A Alphaliner também observa que, ao momento da encomenda de US $ 1.200 milhões da CMA CGM em Setembro, as imagens dos ULCVs divulgadas apresentavam um design de proa convencional. As imagens, agora fornecidas na cerimónia de corte no estaleiro Hudong Zhonghua, já mostram uma proa vertical.
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