O Galaxy Leader, um porta-automóveis com bandeira das Bahamas afretado pela japonesa NYK Lines, foi sequestrado pela milícia Houthi, afiliada ao Irão, que o descreveu como “um navio israelita”, e levado para um porto iemenita. A Al Jazeera cita um porta-voz Houthi dizendo que a apreensão do navio foi em resposta aos “atos hediondos contra os nossos irmãos palestinos em Gaza e na Cisjordânia”.
A NYK Lines divulgou a seguinte declaração:
“Na noite de 19 de novembro em Tóquio (início da tarde, horário local), a NYK foi informada pela Galaxy Maritime Ltd., com sede no Reino Unido, que um PCTC afretado pela NYK chamado Galaxy Leader havia sido sequestrado perto de Hodeida, Iémen, enquanto navegava para a Índia. Nenhuma carga estava no navio.”
“Às 8h30 de hoje, a NYK organizou um centro de gestão de crises na sua sede para coligir informações e gerir este incidente. Como afretadores da embarcação, priorizamos a segurança dos 25 tripulantes. Relataremos informações adicionais assim que estiverem disponíveis”
A Galaxy Maritime, com sede na Ilha de Man, proprietária registada do navio, é afiliada da Ray Car Carriers, a maior empresa de leasing de transporte de automóveis do mundo, controlada pelo empresário israelita Rami Ungar.
O gabinete do primeiro-ministro israelita divulgou a seguinte declaração:
“Israel condena veementemente o ataque iraniano contra um navio internacional. O navio, que pertence a uma empresa britânica e é operado por uma empresa japonesa, foi sequestrado sob orientação do Irão, pela milícia iemenita Houthi. A bordo do navio estão 25 tripulantes de diversas nacionalidades, incluindo ucranianos, búlgaros, filipinos e mexicanos. Nenhum israelita está a bordo.”
“Este é outro ato de terrorismo iraniano e constitui um avanço na agressão do Irão contra os cidadãos do mundo livre, com consequências internacionais no que diz respeito à segurança das rotas marítimas globais.”
O Irão negou qualquer envolvimento no sequestro do Galaxy Leader, com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Nasser Kana’ani, a dizer aos jornalistas que “os grupos de resistência na região agem de forma independente e espontânea com base nos seus interesses e nos do seu povo”.
No vídeo abaixo, executado e divulgado pelos sequestradores, vê-se o decurso do ato de terrorismo perpetrado por meios inéditos e até hoje nunca utilizados.
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