2 de novembro de 2019

UNCTAD publicou o seu Relatório do Transporte Marítimo 2019


Segundo a agência da UN, o comércio marítimo global teve um ritmo de expansão mais lento em 2018, tendo os volumes de carga transportada atingido as 11 mil milhões de toneladas. A desaceleração foi geral e afectou quase todos os segmentos de carga marítima, além de prejudicar as actividades globais de operação portuária de carga, tendo o crescimento da taxa de transferência portuária global em contentor desacelerado em relação a 2017
Foi um conjunto de factores que se intensificaram em 2018 e contribuíram para a desaceleração do crescimento do comércio marítimo. As tensões comerciais e o proteccionismo lideraram a lista, seguidos pela decisão do Reino Unido de deixar a União Européia ("Brexit"); a transição económica na China; a turbulência geopolítica; e as interrupções no lado da oferta, como as que têm vindo a ocorrer no sector petrolífero. As recessões de algumas economias emergentes, o enfraquecimento em sectores industriais em muitas regiões, a desaceleração ocorrida na China e a menor procura de importação nos países desenvolvidos, têm impedido o crescimento.
A escalada da “guerra” de tarifas entre a China e os Estados Unidos dominou as manchetes em 2018 e o início de 2019. Estima-se que quase 2% do volume do comércio marítimo mundial tenha sido afectado pelos aumentos de tarifas aduaneiras aplicadas em setembro de 2018 e de maio a junho de 2019. A exposição ao risco de quebra varia de acordo com o tipo de carga e segmento de mercado. Os grãos, o comércio de contentores e os produtos siderúrgicos foram os mais afectados, bens que enformam a estrutura do comércio entre a China e os Estados Unidos. Além de reduzir os fluxos comerciais, as tarifas aduaneiras estão a gerar alterações nos mercados, dados os efeitos de substituição de produtos e fornecedores e desvio do comércio.
Poderá, se o desejar, fazer o download grátis do documento, clicando aqui.

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