8 de setembro de 2017

85% dos refinadores não estão preparadas para os limites de enxofre das directivas IMO 2020

Um novo trabalho de investigação realizado pela empresa de consultoria KBC descobriu que a maioria dos refinadores de petróleo não tem um plano de recurso para lidar com os requisitos de limitação de enxofre nos combustíveis marítimos a partir de 2020 – apenas 15% deles já sabem como irão responder às exigências. Com um impacto no custo estimado na indústria em 2 mil milhões de US $ para cumprir a regra de limite de enxofre em 2020, os resultados sugerem que ainda há incerteza em torno de como irá ser preparada a resposta.
A IMO ordenou que, até 2020, os armadores tratem as emissões ou usem combustível que não contenha mais de 0,5% m/m de enxofre, bem longe do actual o nível admissível de 3,5% m/m. Antes desta decisão, a KBC, empresa de consultoria para a indústria de energia e química, questionou refinarias nos EUA, na Europa, na antiga União Soviética e na África do Sul sobre quais seriam as suas respostas em relação ao próximo regulamento IMO.
Stephen George, economista-chefe da KBC, explica: “Enquanto a indústria de navegação espera que os refinadores atendam aos requisitos de fornecimento, o sector de refinação ainda está à espera saber até que ponto o sector de transporte instalará, a bordo, os “depuradores” de emissões. Esta desconexão prova que agora é chegada hora de os refinadores avaliarem quais opções disponíveis e quais as decisões a serem tomadas para um caminho estratégico de futuro”.
A consultora sugere que o fracasso dos refinadores em estudar, optar e implementar uma estratégia robusta, em tempo útil, trará danos económicos severos a muitas das refinarias “menos complexas”. No entanto, a transição do combustível marítimo pode ser um momento perfeito para implementar nova tecnologia, que aumente as margens, combatendo o excesso de capacidade e o excesso de oferta na maioria das refinarias.
“A implementação dessa tecnologia com vista a redução de outras emissões e atender a outros requisitos regulatórios, em simultâneo, pode ajudar as refinarias a assegurar o futuro, ao mesmo tempo que aumenta as margens e fornece combustíveis mais limpos ao sector de transporte”, assevera a KBC.
Fonte

Sem comentários:

Enviar um comentário