30 de abril de 2019

A super indústria de cruzeiros navega por águas turvas


O ministro do turismo das Bahamas, Dionísio D'Aguilar, disse que o país pode precisar criar nova legislação para impedir que navios de cruzeiro despejem águas de esgoto nas suas águas.
D'Aguilar disse estar muito preocupado com as alegações de um caso em julgamento nos Estados Unidos, segundo o qual os navios de cruzeiro da Carnival despejaram quase meio milhão de galões de esgoto nas águas das Bahamas em 2017. Falando à imprensa local, D'Aguilar explicou que o governo apenas soube que a linha de cruzeiros estava a poluir as suas águas através de relatos de que um juiz dos EUA ameaçou banir os navios da Carnival dos portos norte-americanos.
A Carnival Corporation foi multada em US $ 40 milhões e recebeu cinco anos de liberdade condicional depois de se declarar culpada em 2016 de inúmeras acusações relacionadas com o despejo ilegal nos oceanos. Entretanto, a empresa não conseguiu até hoje resolver os problemas e, durante o período probatório, descarregou ilegalmente quase 500.000 galões de esgoto tratado nas águas das Bahamas. A juíza Patricia Seitz ameaçou banir a empresa de cruzeiros dos portos americanos e de prender os directores.
D'Aguilar disse que este caso dos EUA em Miami "abriu-nos os olhos" para a necessidade de promulgar leis e facilitar a denúncia de irregularidades para encorajar denúncias de despejo ilegal.
"Embora os navios de cruzeiro sejam importantes para a nossa economia, não queremos causar efeitos negativos duradouros no meio ambiente na procura por recuperação económica", disse.
A Carnival prepara-se para desenvolver um novo porto de cruzeiros na Grand Bahama e, apesar da alegação de que as questões ambientais são extremamente importantes para a empresa, o tribunal norte-americano descobriu que, além do despejo de esgoto nas Bahamas, a linha de cruzeiros havia cometido inúmeras outras contravenções e violações ambientais em todo o mundo.
Além de, dentro da área de dragagem proposta, destruir vastas áreas de coral e vários restos de naufrágios, cultural e historicamente significativos no porto de George Town, serão atingidas outras áreas durante a construção em resultado do depósito sedimentar que se estabelecerá nos recifes circundantes.
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