As relações, já antes difíceis,
entre o Brasil e a Venezuela foram agora agravadas pela gigantesca contaminação
por petróleo que atingiu 150 praias brasileiras, um derramamento que, para o
presidente Jair Bolsonaro, “tem origem estrangeira e é resultado de uma acção
"criminosa".
O poluente foi identificado
numa faixa de mais de 2 mil quilómetros, sendo que as manchas já atingiram
todos os estados nordestinos. A catástrofe ambiental começou no início de Setembro,
quando grandes quantidades de óleo começaram a dar à costa do litoral nordestino
de forma inexplicável. Desde essa altura, já causou a morte de tartarugas
marinhas e pássaros, além de colocar em risco outras espécies, como o peixe-boi
e o manatim.
O presidente brasileiro
disse quarta-feira, à imprensa em Brasília, não conhecer, ainda, a origem do
petróleo, apesar de estudos preliminares da estatal Petrobras e o IBAMA sugerirem
que ele poderia vir da Venezuela.
No entanto, o governo de Jair
Bolsonaro adiantou várias teorias, incluindo culpabilizando a Venezuela,
criminosos internacionais, sabotadores da economia brasileira ou embarcações
estrangeiras, mas não apresentou provas, até agora.
O que se verifica, é que algumas
das praias mais pitorescas e famosas do país estão fortemente poluídas e que
está a acontecer destruição de vida marinha local.
As autoridades brasileiras,
entretanto, enviaram 5.000 soldados para essas praias, no meio de uma crescente
contestação popular causada pela inacção do governo, perante o pior derrame de
petróleo da história do país, enquanto vão sendo ridicularizados nas redes
sociais as vãs e ineficientes tentativas dos voluntários na limpeza do piche
tóxico.
Na verdade, o momento é de catástrofe, tanto ambiental, quanto económica
– a época turística foi considerada completamente perdida.Fonte
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