26 de outubro de 2019

Derrame de óleo no oceano aumenta tensão entre Brasil e Venezuela (video)


As relações, já antes difíceis, entre o Brasil e a Venezuela foram agora agravadas pela gigantesca contaminação por petróleo que atingiu 150 praias brasileiras, um derramamento que, para o presidente Jair Bolsonaro, “tem origem estrangeira e é resultado de uma acção "criminosa".
O poluente foi identificado numa faixa de mais de 2 mil quilómetros, sendo que as manchas já atingiram todos os estados nordestinos. A catástrofe ambiental começou no início de Setembro, quando grandes quantidades de óleo começaram a dar à costa do litoral nordestino de forma inexplicável. Desde essa altura, já causou a morte de tartarugas marinhas e pássaros, além de colocar em risco outras espécies, como o peixe-boi e o manatim.
O presidente brasileiro disse quarta-feira, à imprensa em Brasília, não conhecer, ainda, a origem do petróleo, apesar de estudos preliminares da estatal Petrobras e o IBAMA sugerirem que ele poderia vir da Venezuela.
No entanto, o governo de Jair Bolsonaro adiantou várias teorias, incluindo culpabilizando a Venezuela, criminosos internacionais, sabotadores da economia brasileira ou embarcações estrangeiras, mas não apresentou provas, até agora.
O que se verifica, é que algumas das praias mais pitorescas e famosas do país estão fortemente poluídas e que está a acontecer destruição de vida marinha local.
As autoridades brasileiras, entretanto, enviaram 5.000 soldados para essas praias, no meio de uma crescente contestação popular causada pela inacção do governo, perante o pior derrame de petróleo da história do país, enquanto vão sendo ridicularizados nas redes sociais as vãs e ineficientes tentativas dos voluntários na limpeza do piche tóxico.
Na verdade, o momento é de catástrofe, tanto ambiental, quanto económica – a época turística foi considerada completamente perdida.
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