21 de setembro de 2016

O outro lado da “cadeia de abastecimento” – um pormaior da questão Hanjin

Na sequência do pedido de falência Hanjin Shipping Co., toda a comunidade do shipping e imprensa especializada vieram expor e explicar os impactos provocados na cadeia de fornecimentos, a nível mundial, dando relevo aos milhões de televisores da LG que não chegariam aos grandes armazéns americanos a tempo dos feriados de Acção de Graças e do Natal, e de, até, no atraso na substituição de uns milhões de um novel telemóvel da Samsung, que saíra com defeito.
Pois bem, minhas senhoras e meus senhores, baixemos à terra e pasmemos com as tais consequências da disrupção do transporte marítimo provocado pela falência da Hanjin Shipping Co.: os pertences de uma família ficaram retidos um navio ao largo da costa de Los Angeles. Quando jogamos para trás das costas e dizemos "não é comigo", afinal talvez seja.
Quando a família Jamal se decidiu mudar dos Estados Unidos para o Dubai, antecipou embarcar no que seria uma aventura, mas nunca pensaram num pesadelo.

Todos os seus pertences estão presos dentro de um contentor Hanjin ao largo da costa, porque a empresa entrou com o pedido de protecção contra credores devido a falência, o que resultou na paralisação de todos os seus embarques. Após a apresentação de insolvência, 93 dos seus navios ficaram paralisados ao largo dos portos, por falta de fundos financeiros, num esforço para encontrar soluções para conseguir a descarga de milhares de milhões de dólares de carga embarcada nos navios. Como as coisas estão, ninguém saberá quando a família Jamal possa vir a recuperar os seus pertences. Se é que alguma vez os vai recuperar…

Sem comentários:

Enviar um comentário