A Maersk Line pôs à venda a sua subsidiária brasileira
Mercosul Line para evitar possíveis preocupações de reguladores de concorrência
sobre a aquisição da Hamburg Süd.
O Conselho Administrativo de Defesa Económica do Brasil
decidirá se vai ou não aprovar o acordo ainda este ano e a Maersk colocou à
venda a operadora de cabotagem brasileira, porque a Hamburg Süd tem sua própria
subsidiária de cabotagem e feedering da
Costa Leste da América do Sul (ECSA), a Aliança Navegação. Se a Maersk mantivesse
o controlo da Mercosul Line e a somasse à Aliança, ficaria a controlar 80% da
cabotagem e do mercado costeiro da ECSA.
A CMA CGM e a Mediterranean Shipping Co. precisam de serviços
de cabotagem e costeiros brasileiros e da ECSA, pelo que a Maersk está a
promover negociações com ambas as operadoras esta semana, em São Paulo, de
acordo com várias fontes brasileiras. Essas fontes disseram que a HapagLloyd,
que é muito forte no Brasil, assim como a NYK Line e a Cosco Shipping, também
demonstraram interesse na Mercosul Line.
Quem ganhar a licitação ficará com quatro navios com
capacidade para 2.500 TEUs e espaço para 368 slots refrigerados. Mais importante ainda, teriam acesso à bandeira
brasileira, o que lhes permitiria operar ao longo do litoral brasileiro e do
Mercosul.
Além de Aliança e Mercosul Line, o outro grande player
no comércio costeiro brasileiro é a LogIn Logistica, que controla cerca de 23%
de um mercado estimado em cerca de 900.000 TEUs. A Mercosul Line controla 24%
do mercado e a Aliança tem 55%.Fonte
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