"Caos organizado" – é assim que uma transportadora
descreve a programação de escalas das alianças marítimas no tráfego Ásia-Europa,
acreditando-se que serão poucas as probabilidades de os navios respeitarem
itinerários antes de Junho.
A fonte, um membro de uma das alianças, disse ao The
Loadstar que a transição de navios e contentores de programações anteriores passarem
para os novos hubs das novas alianças
se tinha mostrado mais complexa do que o esperado – encontrando-se os contentores
“encalhados” por diversos terminais entre a Ásia, Médio Oriente e Europa.
Admitiu, ainda, que o período de adaptação tinha sido
"um desastre", resultando em graves lacunas na cobertura da rede.
Além disso, muitos afirmam que os novos e descomunais navios
porta-contentores, que funcionam fora de programação, são a causa principal do
congestionamento no maior porto de contentores do mundo, Xangai.
Corre a informação de que os navios têm de esperar até três
dias, fundeados, até atarracarem, uma situação exponenciada pela neblina densa,
pelo que congestionamento se espalha, agora, a outros grandes portos chineses,
como Ningbo e Qingdao.
As transportadoras estão a desviar os navios dos portos
congestionados e as operações de carga de alguns dos navios que chegam a um
ancoradouro são muitas vezes sujeitas a uma estratégia de "cortar e andar",
levando a escalas curtos e a embarques reduzidos.
Traduzindo tudo isto em “linguagem para totós”: navios cada vez maiores, que
movimentam mais carga, que aumentam o tempo de escala, que atrasam as escalas
dos outros, que têm de sair sem a carga toda para não atrasar mais, que prestam
um mau serviço aos donos das cargas, que, finalmente, vão provocar o aumento
das taxas de frete e levar as transportadoras a terem maior lucro. Como diria
um já falecido, embora grande, jornalista da nossa praça “tal vai esta molenga,
hein?”Fonte
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