O Audacia é um navio de assentamento de tubaria, operacional
desde 2007, com 225 m de comprimento, extraordinariamente versátil, optimizado
para a execução de pequenos e médios projectos de oleodutos de grande diâmetro e
de qualquer comprimento, em qualquer profundidade de água, que pode desempenhar
todo o trabalho associado, tal como a instalação de tubos de elevação e
molduras de protecção submarina.
Os oleodutos submarinos constituem uma ligação física vital
entre os poços de águas profundas e as refinarias em terra, mas colocá-los não significa
largar estas linhas como se fossem simples palhinhas de refrigerantes de
grandes dimensões. Essa tarefa de construir e afundar ordenadamente esses tubos
em vez de os largar é desempenhada por navios como o Audacia.
O navio tem 225 metros de comprimento por 32 metros de boca e
pode transportar até 270 tripulantes e mais de 14 mil toneladas de tubos que
variam de entre 2 e 60 polegadas de diâmetro exterior.
Como as secções de tubo são içados a partir do interior do
navio, elas viajam por baixo do convés, através de uma linha de montagem com 7
estações de soldadura, seguida de uma estação de ensaios não-destrutivos e, em
seguida, por três estações de revestimento, antes de ser introduzido no mar através
de uma estrutura em arco, proeminente do navio, de onde é depositado no fundo
do mar. Na capacidade máxima, o Audacia pode assentar cerca de 30 metros de
tubo de aço a cada minuto.
Para garantir que os tubos chegam ao seu destino subaquática
sem danos, o Audacia combina um sistema avançado de posicionamento dinâmico
(que orienta o navio ao longo de uma rota precisa através de sinais de GPS) além
de um poderoso tensor, que regula a rapidez com que a tubaria é solta.
As operações de assentamento dos oleodutos têm de ser
executadas muito rapidamente, assegurando não provocar qualquer perturbação a
outras actividades perto das plataformas. Devido ao seu comprimento e configuração,
o Audacia podem acomodar várias estações de trabalho e tem uma maior capacidade
de transporte de tubaria. A sua independência de outros navios manipuladores de
ancoragem e a sua grande capacidade também garante maior autonomia.
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