A DSME (Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co.),
segunda maior construtora naval do mundo, planeia eliminar cerca de 3.000
empregos, 24% da sua força de trabalho, já este ano, numa medida incluída num
vasto plano de reestruturação para consolidar a sua saúde financeira. Lembro
que a Comissão de Valores de Seoul mandou suspender a cotação da DSME pelo
prazo de um ano, em 30 de Setembro último, para que a empresa saneasse as suas
contas.
No meio das crescentes preocupações sobre a sobrevivência da
empresa, a Daewoo lançou, entretanto, um programa de reformas voluntárias
antecipadas, até 21 de Outubro, tendo aberto inscrições para o efeito. A
empresa era responsável por 12.699 empregos directos no final de Junho e quer
baixar esse número para baixo dos 10 mil. Contabilizando os trabalhadores afectos
a fornecedores contratados, na empresa trabalham cerca de 40.000 pessoas.
É preciso recordar que a DSME perdeu 1,1 mil milhões USD no
primeiro semestre do ano, apesar da sua previsão interna de resultados
positivos. Além de um declínio acentuado nas encomendas, teve dificuldades em
assegurar os pagamentos de entrega de, pelo menos, dois navios de alto valor, o
que veio criar enormes constrangimentos ao balanço da empresa.
A conhecida empresa de consultoria McKinsey & Co. publicou
um relatório sobre o estado da indústria de construção naval da Coreia do Sul, sendo
que as suas conclusões são terríveis: a McKinsey acredita que a DSME pode não
sobreviver além de 2020, devido a uma margem operacional negativa e de
dificuldades graves de liquidez. Acrescentam os consultores que, devido à crise
global na indústria de construção naval, é inevitável que os três construtores
navais Sul-Coreanos enfrentarão perdas severas nos próximos anos.Ler artigo
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