Segundo a agência da UN, o
comércio marítimo global teve um ritmo de expansão mais lento em 2018, tendo os
volumes de carga transportada atingido as 11 mil milhões de toneladas. A
desaceleração foi geral e afectou quase todos os segmentos de carga marítima,
além de prejudicar as actividades globais de operação portuária de carga, tendo
o crescimento da taxa de transferência portuária global em contentor desacelerado
em relação a 2017
Foi um conjunto de factores que
se intensificaram em 2018 e contribuíram para a desaceleração do crescimento do
comércio marítimo. As tensões comerciais e o proteccionismo lideraram a lista,
seguidos pela decisão do Reino Unido de deixar a União Européia
("Brexit"); a transição económica na China; a turbulência
geopolítica; e as interrupções no lado da oferta, como as que têm vindo a
ocorrer no sector petrolífero. As recessões de algumas economias emergentes, o
enfraquecimento em sectores industriais em muitas regiões, a desaceleração ocorrida
na China e a menor procura de importação nos países desenvolvidos, têm impedido
o crescimento.
A escalada da “guerra” de
tarifas entre a China e os Estados Unidos dominou as manchetes em 2018 e o
início de 2019. Estima-se que quase 2% do volume do comércio marítimo mundial tenha
sido afectado pelos aumentos de tarifas aduaneiras aplicadas em setembro de
2018 e de maio a junho de 2019. A exposição ao risco de quebra varia de acordo
com o tipo de carga e segmento de mercado. Os grãos, o comércio de contentores
e os produtos siderúrgicos foram os mais afectados, bens que enformam a
estrutura do comércio entre a China e os Estados Unidos. Além de reduzir os
fluxos comerciais, as tarifas aduaneiras estão a gerar alterações nos mercados,
dados os efeitos de substituição de produtos e fornecedores e desvio do
comércio.
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