O ministro do turismo das
Bahamas, Dionísio D'Aguilar, disse que o país pode precisar criar nova
legislação para impedir que navios de cruzeiro despejem águas de esgoto nas
suas águas.
D'Aguilar disse estar muito
preocupado com as alegações de um caso em julgamento nos Estados Unidos, segundo
o qual os navios de cruzeiro da Carnival despejaram quase meio milhão de galões
de esgoto nas águas das Bahamas em 2017. Falando à imprensa local, D'Aguilar
explicou que o governo apenas soube que a linha de cruzeiros estava a poluir as
suas águas através de relatos de que um juiz dos EUA ameaçou banir os navios da
Carnival dos portos norte-americanos.
A Carnival Corporation foi
multada em US $ 40 milhões e recebeu cinco anos de liberdade condicional depois
de se declarar culpada em 2016 de inúmeras acusações relacionadas com o despejo
ilegal nos oceanos. Entretanto, a empresa não conseguiu até hoje resolver os
problemas e, durante o período probatório, descarregou ilegalmente quase
500.000 galões de esgoto tratado nas águas das Bahamas. A juíza Patricia Seitz
ameaçou banir a empresa de cruzeiros dos portos americanos e de prender os directores.
D'Aguilar disse que este
caso dos EUA em Miami "abriu-nos os olhos" para a necessidade de
promulgar leis e facilitar a denúncia de irregularidades para encorajar denúncias
de despejo ilegal.
"Embora os navios de
cruzeiro sejam importantes para a nossa economia, não queremos causar efeitos
negativos duradouros no meio ambiente na procura por recuperação económica",
disse.
A Carnival prepara-se para
desenvolver um novo porto de cruzeiros na Grand Bahama e, apesar da alegação de
que as questões ambientais são extremamente importantes para a empresa, o
tribunal norte-americano descobriu que, além do despejo de esgoto nas Bahamas,
a linha de cruzeiros havia cometido inúmeras outras contravenções e violações ambientais
em todo o mundo.
Além de, dentro da área de dragagem proposta, destruir vastas áreas de
coral e vários restos de naufrágios, cultural e historicamente significativos
no porto de George Town, serão atingidas outras áreas durante a construção em
resultado do depósito sedimentar que se estabelecerá nos recifes circundantes.Fonte
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