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11 de setembro de 2018

Navios de guerra baseados em Norfolk zarparam antes do Florence

Existem, ao momento, três perturbações principais no Atlântico Norte, das quais duas são ciclones tropicais.
O furacão FLORENCE, que deverá atingir os estados da Carolina (do Norte e a do Sul) e a Virgínia, na costa Leste dos EUA.
Este sistema deverá atingir território americano como um furacão de categoria 4, entre 5ª e 6ª feira, havendo possibilidade de se intensificar e atingir a categoria 5.
Espera-se uma situação de catástrofe iminente, tendo sido dada ordem de evacuação das ilhas e zonas costeiras, dado o potencial para precipitação extrema, vento com rajadas superiores a 220 km/h e a subida do nível do mar. No fim-de-semana, o Comando da Frota dos EUA ordenou que todos os navios da Marinha estacionados no enorme complexo naval de Hampton Roads zarpassem para o mar antes da chegada do furacão Florence. Para além disso, todas as instalações da Marinha na área de Hampton Roads definiram a Condição de Prontidão 3 para Ciclone Tropical, o que significa que aguardam ventos destrutivos superiores a 50 nós nas próximas 48 horas.
O furacão HELENE, que deverá manter uma intensidade aproximada à categoria 1-2, move-se para norte, em direcção ao Atlântico Central.
Os vários modelos que estão, neste momento, a simular trajectórias prováveis para este ciclone levam-no até bem perto dos grupos ocidental e central dos Açores, podendo aí chegar, ainda, com categoria 1, durante o dia 16, domingo, de acordo com as últimas simulações do ECMWF.
Há que realçar, no entanto, que o furacão Helene irá interagir com uma perturbação subtropical a sul dos Açores e que, essa mesma perturbação, poderá evoluir para um sistema ciclónico, sendo que a interacção dos dois (Fujiwahara Effect) tornará ainda mais difícil a previsão do comportamento da atmosfera.
Por agora ainda é pouco provável, mas estas duas perturbações poderão, posteriormente, vir a afectar a Península Ibérica já em fase de dissipação, com os impactos mais prováveis a estarem relacionados com o aumento significativo da agitação marítima, e eventualmente um aumento da probabilidade de precipitação forte, a partir dos dias 17-18.
Existe um terceiro sistema, a tempestade tropical ISAAC, um ciclone de pequena dimensão, que deverá atingir as Antilhas e algumas ilhas das Caraíbas, mas que, em princípio, se manterá (relativamente) afastado das principais ilhas, embora traga um aumento do vento e da frequência dos aguaceiros nas regiões circundantes.
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