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6 de abril de 2017

Segundo VLOC da Polaris com problemas

Outro meganavio de minério (VLOC) pertencente à Polaris Shipping enfrentou dificuldades na África do Sul. O proprietário sul-coreano está sob enorme escrutínio na Coreia, após o desaparecimento – e presumido naufrágio – do Stellar Daisy de 266.000 dwt na noite de sexta-feira. Um conjunto multinacional de equipas de busca e resgate têm vindo a vasculhar o Atlântico Sul, numa tentativa (até agora, vã) de encontrar sobreviventes. Apenas dois marinheiros filipinos sobreviveram até à data, com outros 14 filipinos e 8 coreanos desaparecidos. Apesar do aumento de recursos na missão de busca e salvamento, o mau tempo e a fraca visibilidade estão a dificultar os esforços.
Enquanto isso, fontes na África do Sul anunciaram que outro VLOC antigo e pertencente à Polaris foi forçado a fundear ao largo da Cidade do Cabo para reparações urgentes.
Tal como o Stellar Daisy, o Unicorn Stellar, também construído em 1993, navegava do Brasil com uma carga de minério de ferro quando foi forçado a alterar rumo. Os dados de rastreamento fornecidos pela VesselsValue.com mostram que o navio tem estado nos limites do porto da Cidade do Cabo nos últimos dias, enquanto aguarda queo trabalho de reparação seja realizado. A sua condição é identificada como de “Manobrabilidade restrita”.
Apesar dos repetidos pedidos de informação à Polaris, a empresa tem mantido o silêncio nos últimos dias. No entanto, a Polaris colocou hoje no seu site uma nova postagem (inglês e coreano) que “O caso está sob investigação e o resultado será anunciado oportunamente; enquanto isso, todos estão, gentilmente, convidados a participar na dor das famílias nestes tempos difíceis e evitar especulações, tanto quanto possível”.
O navio desaparecido tinha sido construído no Japão como um VLCC de casco único, sendo convertido em VLOC pela Cosco Zhoushan Shipyard há oito anos, na China.
Seis semanas atrás, os inspectores chineses do controlo do estado do porto encontraram seis deficiências no meganavio, relativas à sua impermeabilidade. Foi autorizado a navegar para o Brasil, onde carregou 260 mil toneladas de minério de ferro da Vale, estando de regresso à China quando o desastre ocorreu na noite de sexta-feira, com um dos sobreviventes a descrever ingresso de água no navio e um adorno rápido antes de virar.
Ontem, o Secretário-Geral da OMI, o coreano Kitack Lim, comentou: “É muito triste a notícia de que a busca por sobreviventes do Stellar Daisy foi até agora infrutífera. A Marinha do Uruguai indicou que haviam sido encontrados detritos, combustível e barcos salva-vidas vazios mas, até agora, nada mais”.
Lim prometeu realizar uma investigação completa do acidente e que os resultados obtidos pela OMI serão usados para reduzir as possibilidades de tal incidente vir a acontecer de novo.
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