O excesso de oferta protagonizado pela China através das
suas enormes exportações de bens industriais que inundam os mercados em todo o
mundo, tem vindo a contribuir para as pressões deflacionistas e ameaça outros
países produtores globais. Por exemplo, o excesso de capacidade da China na
produção de aço, só por si, é maior do que toda a produção de aço do Japão,
Estados Unidos e Alemanha juntas.
A revista The Economist afirma que o sobre investimento da
China em bens industriais é um problema grotesco, havendo análises que
demonstram que o crescimento do investimento no fabrico de equipamentos de
mineração e industriais, entre 2000 e 2014, ultrapassou, de longe, as
necessidades reais. Este exagero deixou muitas empresas estatais vulneráveis à
desaceleração, transformando-as em zumbis improfícuos.
E os economistas vêem, agora, maior motivo de alarme na
segunda maior economia do mundo, já que as exportações chinesas caíram 10%, no
período anual de Setembro do ano anterior e o actual, segundo informa a Reuters,
apesar do Banco Central Chinês continuar a promover a desvalorização do yuan (https://www.porttechnology.org/news/china_exports_in_freefall?
).
Serão de esperar urgentes reajustes na economia Chinesa,
uma vez que as autoridades pretendem canalizar o excesso da sua produção para a
procura interna. No entanto, esta vontade não se apresenta fácil de
concretizar, já que a mais fraca procura externa ainda não parece estar a
traduzir-se em melhores retornos internos, com as importações também a
experimentarem uma inesperada queda de 1,9%, em Setembro.Ler artigo
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