Os ataques com mísseis, perpetrados a partir de Iémen, sobre
navegação militar junto às concorridas rotas marítimas das proximidades, estão
a preocupar, seriamente, os operadores mundiais de transporte e seguradoras
globais. Esta situação poderá interromper o fornecimento de petróleo e de
outros produtos vitais passam pela área afectada.
O Bab el-Mandeb tem 18 milhas náuticas de largura no seu
ponto mais estreito, o que confina o tráfego de navios a dois corredores com 2
milhas náuticas para cada sentido. Tem vindo a ser uma preocupação dos países
ocidentais nos últimos anos devido ao surto de pirataria Somali. Situa-se entre
o Corno de África e a Península Arábica, sendo ligação estratégica entre o Mar
Mediterrâneo e o Oceano Índico. O Estreito está localizado entre o Iémen,
Djibuti e Eritreia, ligando o Mar Vermelho com o Golfo de Áden e o Mar Arábico.
A maioria das exportações do Golfo Pérsico que atravessam o Canal de Suez, além
dos provenientes do Pipeline SUMED, passam por este Estreito.
A rota está entre as mais movimentadas e utilizadas mundialmente,
estimando-se que 3,8 milhões de barris diários de petróleo bruto e produtos
petrolíferos refinados fluam anualmente através desta via marítima, com destino
à Europa, Estados Unidos e Ásia.
O hipotético encerramento do Bab el-Mandeb impediria a
navegação de alcançar o Canal de Suez, desviando-a para a Rota do Cabo, pelo
extremo sul de África, o que aumentaria drasticamente o tempo de trânsito e o
custo do transporte.Ler notícia
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